Perguntas frequentes
Programa Voluntário de Economia Circular
Trata-se de um programa de certificação que permite que projetos que realizam atividades de economia circular, como a reciclagem de plástico (entre outras atividades), gerem Créditos Circulares equivalentes a uma tonelada de materiais que foram reduzidos e recirculados. Esses créditos podem ser adquiridos por organizações que desejam compensar sua pegada de material ambiental.
O programa é um instrumento econômico para que qualquer organização com um projeto de economia circular gere renda adicional a partir de suas atividades.
São iniciativas para a recuperação de materiais ao longo da cadeia de valor por meio das quais os Créditos Circulares são comercializados, que financiam serviços de redução e recirculação ambiental, cujo objetivo se estende à eliminação de resíduos e poluição, à extensão da vida útil de produtos e materiais e à regeneração de sistemas naturais.
O Programa Voluntário de Economia Circular é liderado pela Cercarbon, uma organização multidisciplinar e especialista na criação de programas e iniciativas para mitigar as mudanças climáticas no mercado voluntário de carbono, e pela Global Zero Waste, uma organização líder no desenvolvimento de projetos e padrões internacionais de economia circular no fluxo de materiais.
Qualquer organização ou iniciativa de circularidade que possa justificar sua adicionalidade e aplicabilidade de acordo com a metodologia selecionada.
Esses são mecanismos de financiamento internacional equivalentes à redução ou recirculação de uma tonelada métrica de materiais. Esses créditos podem ser adquiridos por organizações ou consumidores que desejam compensar sua pegada de material e promover o desenvolvimento do Projeto de Materiais de Economia Circular.
Cada certificado de tonelada reduzida ou recirculada é identificado com um número de série exclusivo que contém todas as informações do projeto, garantindo a rastreabilidade e a transparência que esse mercado merece.
Ele aumenta e aprimora os projetos de redução e reciclagem de materiais, promove a otimização de materiais no ciclo biológico e tecnológico, contribui para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs), promove um ambiente amigável, eficiente e eficaz para a interação dos atores envolvidos e garante a transparência na troca e integração de dados no mercado internacional de Créditos Circulares.
As atividades de redução ou recirculação de materiais são credenciadas independentemente de sua localização, ou seja, os projetos podem ser desenvolvidos em qualquer lugar do mundo sob as considerações técnicas do programa. O caráter internacional do programa promove a participação de agentes de todas as regiões e incentiva a interação entre seus próprios mercados.
O programa usa o EcoRegistro como sua plataforma de registro para registrar meu projeto sobre materiais de economia circular. EcoRegistro é uma plataforma baseada na tecnologia blockchain que garante transparência na contabilidade do mercado voluntário de circularidade de materiais e segurança e rastreabilidade no gerenciamento de informações relacionadas às iniciativas de redução ou recirculação de materiais.
As atividades desse programa são divididas em dois grupos principais: Redução e recirculação. Essas duas categorias podem ser implementadas especificamente de acordo com os 9Rs da economia circular: redução (rejeitar, repensar e reduzir) e recirculação (reutilizar, reparar, reformar, remanufaturar, reutilizar e reciclar). Entretanto, sua elegibilidade para a geração de Créditos Circulares depende da metodologia aplicada.
Os Créditos Circulares podem ser adquiridos por organizações ou consumidores individuais que desejam compensar sua pegada de material, com base na premissa de que um crédito equivale à redução ou recirculação de uma tonelada métrica de materiais. Por meio da comercialização desses certificados, projetos de recuperação e gerenciamento de materiais podem ser financiados, o que atrairá novos recursos para as comunidades envolvidas e para as regiões onde as atividades são realizadas.
O programa permitirá uma retroatividade de três anos a partir do momento em que for publicado na plataforma de registro.
A vida útil é de pelo menos 10 anos.
O período de credenciamento para projetos é de 10 anos, renovável uma vez por um período máximo de 10 anos. No caso dos Programas de Atividades, será de no máximo 20 anos.
Adicionalidade significa que, na ausência do projeto proposto, a quantidade de materiais reciclados ou recirculados pelo projeto não teria sido removida do meio ambiente ou reintroduzida na cadeia de valor.
Os critérios de adicionalidade estão detalhados em cada uma das metodologias, por exemplo, para a metodologia de reciclagem de plástico, veja a árvore de decisão para demonstrar a adicionalidade.
Podem ser utilizadas diferentes metodologias, desde que levem em conta as atividades de redução e recirculação de materiais estabelecidas no Programa Voluntário de Economia Circular. Essas metodologias devem ser apresentadas em conjunto ou de forma independente, seguindo as diretrizes descritas no documento de Procedimentos do Programa, e ser aprovadas pela Global Zero Waste e pela Cercarbono.
O valor de um crédito depende das características do projeto, ou seja, tipo de atividade (redução ou recirculação), localização, tipo de material, impacto social e ambiental, entre outros, que podem agregar valor ao crédito. Um Crédito Circular representa uma tonelada métrica de materiais reduzidos ou recirculados.
Além disso, o valor dos certificados dependerá do desempenho do mercado internacional e da demanda existente.
Sim, quando o Projeto de Materiais de Economia Circular é desenvolvido com as comunidades, deve ser realizada uma consulta pública com as partes interessadas; além disso, quando registrado no programa, o projeto está sujeito a um período de 30 dias para comentários públicos e as partes interessadas podem consultar o projeto e fazer seus comentários.
Sim, o formato que um titular ou desenvolvedor deve usar para apresentar o projeto é o Documento de Descrição do Projeto (PDD).
Sim, a validação e a verificação são realizadas por um Órgão de Validação e Verificação (OVV), que cobra de acordo com o tipo e a localização do projeto. Esse custo é assumido pelo titular ou desenvolvedor da iniciativa.
Não, o tempo de validação e verificação de um projeto é estabelecido pelo licenciado e pelo Órgão de Validação e Verificação (OVV) no contrato assinado para realizar esses processos.
Os projetos podem realizar verificações no mínimo a cada seis meses e no máximo a cada cinco anos. Se um projeto não tiver realizado verificações por quatro anos e nove meses, ou se seu período de credenciamento estiver chegando ao fim, ele receberá um alerta do programa indicando a necessidade de uma verificação.
A existência de esquemas de Responsabilidade Estendida do Produtor (EPR) e o imposto sobre plásticos de uso único limitam a margem de manobra dos projetos de Créditos de Plástico, pois as metas de reciclagem para produtores e comerciantes já estão estabelecidas e são obrigatórias.
Para gerar Créditos de Plástico, as atividades devem ir além das obrigações legais (adicionalidade), o que reduz a margem de oportunidade, já que muitas empresas devem cumprir seus compromissos ambientais nos termos da lei. Para que um projeto seja elegível, ele deve demonstrar que as ações propostas não teriam ocorrido sem a intervenção do mecanismo de crédito, ou seja, que elas vão além das metas impostas pela legislação. Portanto, todo material relatado para fins de conformidade NÃO é elegível para a emissão de crédito, apenas o material que NÃO é relatado para fins de conformidade é elegível para a emissão de crédito.
As empresas registradas como convertedoras e que certificam o plástico recuperado para programas de sistemas de coleta podem enfrentar o risco de dupla contagem. Isso significa que, se a recuperação de plástico já estiver sendo contabilizada em um sistema como o EPR (Extended Producer Responsibility, Responsabilidade Estendida do Produtor) ou relatada em outro programa, não é adequado gerar créditos adicionais para o mesmo plástico, pois isso constitui dupla contagem.